BCG e quimioterapia intravesical no câncer de bexiga: para que servem?
- Dr. Rafael Viterbo

- 18 de nov.
- 2 min de leitura
Depois da RTU de bexiga, muitos pacientes precisam fazer um tratamento dentro da própria bexiga chamado terapia intravesical.Esse tratamento ajuda a evitar que o tumor volte e, em casos específicos, reduz o risco de progressão.
Ele é feito colocando-se o medicamento diretamente dentro da bexiga, por meio de uma sonda fina. É um procedimento simples, rápido e sem necessidade de internação.
O que é o BCG?
O BCG é o tratamento intravesical mais utilizado para tumores de risco intermediário e alto risco.Ele ativa o sistema imunológico para combater possíveis células tumorais remanescentes após a cirurgia.
O esquema geralmente envolve 6 semanas iniciais, podendo haver sessões de manutenção ao longo dos meses.
Quimioterapia intravesical
Além do BCG, existe também a quimioterapia intravesical. Ela é muito utilizada em tumores de baixo risco, em pacientes que não podem usar BCG, ou quando há indisponibilidade do BCG.
O objetivo é o mesmo: reduzir a chance do tumor retornar.
Novas tecnologias e tratamentos em desenvolvimento
Nos últimos anos, surgiram novas plataformas de liberação de medicamentos dentro da bexiga, que permitem:
maior tempo de contato da medicação com a bexiga,
melhor absorção local,
melhores taxas de resposta em alguns cenários.
Esses sistemas vêm sendo estudados especialmente para casos em que o tumor não respondeu bem ao BCG.São alternativas importantes e representam mais opções para pacientes com doença recorrente.
Efeitos colaterais
Os efeitos mais comuns tanto do BCG quanto da quimioterapia intravesical são:
ardência ao urinar,
urgência para urinar,
desconforto na bexiga.
Na maioria dos casos, esses sintomas são leves e temporários.
Conclusão
As terapias intravesicais — com BCG, quimioterapia e novas plataformas em desenvolvimento — são fundamentais para diminuir o risco de retorno do câncer de bexiga após a cirurgia.
Cada caso é único, e o tratamento ideal é definido durante a consulta com o urologista.




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